quinta-feira, 21 de maio de 2009

Espelho do Mundo

Foto: Divulgação


O primeiro choro foi ouvido. Depois de nove meses “aprisionado” o bebê nasceu. Conheceu as primeiras coisas do mundo... e sentiu-se então, livre. O grito doído no nascimento, desconhecido e medroso, comemorado por muitos, ecoou nos sentidos. A “liberdade velada” estava a caminho.
A vida humana é um mecanismo de escolhas, preferências, racionalidade e… exclusão. Não se trata de uma separação entre a liberdade e o homem, mas sim de uma sinergia entre ambos para a auto-afirmação do Ego e sua existência. Nessa equação, entre Liberdade e Vontade, observa-se que o querer ser livre torna-se a força-motriz e, paradoxicamente, o instrumento para a liberação do homem. Este, que sempre se fez prisioneiro de angústias, medos, culpas, solidão, impossibilidade de agir, padrões, doutrinas, normas, dogmas etc.
Já dizia Jean-Jacques Rousseau, que a “Liberdade é obediência às leis que a pessoa estabeleceu para si própria”. Caminhos traçados pelo desejo desconhecido de cada um. Do “querer” em podação.
“Eros o nome dele! Educado por nós e pelo mundo. Crescerá com a dignidade de um homem correto. Estudará e formará seus conceitos baseado no que o mundo pede que ele seja. Será feliz! Restrito às verdades conhecidas por nós. Poderá ser livre pra escolher seus caminhos, traçados previamente por determinação de uma cultura social que o levará a ser o que os padrões esperam que ele seja. Não cederá aos desejos e levará consigo a honra das privações”. Disse então Sartre: No caso humano (e só no caso humano) a existência precede a essência, pois o homem primeiro existe, depois se define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir, e por isso sem ter uma “essência” posterior à existência.
Eros caminhou por si. Cresceu e foi digno de todas as coisas. Manteve seu caráter, sua forma de ser e o desejo de conquistas pessoais. Enfrentou o espelho, repeliu gestos, buscou sua liberdade contida. Desencaminhou o espírito com um único jeito de gostar. Foi fiel aos seus encantos e distante de uma
sociedade de elite, que mantém um “roteiro” e esquece de produzir sua ideologia. “Aquele garoto... que ia mudar o mundo, frequenta agora as festas do ‘Grand Monde’...”, e segue buscando a “liberdade. Essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda”.

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei thatá!
Sabe que sou sua fã!

\o/

bjxx

Thaís Aguiar disse...

haha ... valeu meu amor!!!beijocas