quinta-feira, 19 de novembro de 2009

SOM DOS LÍRIOS


Flor que se despede sem chegar
Broto de vida com som de solidão
Que encanta as margens do mundo
Limitando o sonhos...

Como o soar de um desejo
A canção embala cada segundo...
Gosto, cheiro, toque, jeito...
Forma contida.... perfeito....

Instantes com sabor de despedida
Um roteiro....
Travando batalhas e guerrilhas
Sem medo, sem contos... mas nostalgia...

Simples lembrar
Com olhos fechados para o destino
Força que aquece o corpo
E faz alma dançar

Lírios...
Simples esperança... um desafio...
Meu encanto, meu desejo, meu sorriso....
estranho feitiço!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Espelho do Mundo

Foto: Divulgação


O primeiro choro foi ouvido. Depois de nove meses “aprisionado” o bebê nasceu. Conheceu as primeiras coisas do mundo... e sentiu-se então, livre. O grito doído no nascimento, desconhecido e medroso, comemorado por muitos, ecoou nos sentidos. A “liberdade velada” estava a caminho.
A vida humana é um mecanismo de escolhas, preferências, racionalidade e… exclusão. Não se trata de uma separação entre a liberdade e o homem, mas sim de uma sinergia entre ambos para a auto-afirmação do Ego e sua existência. Nessa equação, entre Liberdade e Vontade, observa-se que o querer ser livre torna-se a força-motriz e, paradoxicamente, o instrumento para a liberação do homem. Este, que sempre se fez prisioneiro de angústias, medos, culpas, solidão, impossibilidade de agir, padrões, doutrinas, normas, dogmas etc.
Já dizia Jean-Jacques Rousseau, que a “Liberdade é obediência às leis que a pessoa estabeleceu para si própria”. Caminhos traçados pelo desejo desconhecido de cada um. Do “querer” em podação.
“Eros o nome dele! Educado por nós e pelo mundo. Crescerá com a dignidade de um homem correto. Estudará e formará seus conceitos baseado no que o mundo pede que ele seja. Será feliz! Restrito às verdades conhecidas por nós. Poderá ser livre pra escolher seus caminhos, traçados previamente por determinação de uma cultura social que o levará a ser o que os padrões esperam que ele seja. Não cederá aos desejos e levará consigo a honra das privações”. Disse então Sartre: No caso humano (e só no caso humano) a existência precede a essência, pois o homem primeiro existe, depois se define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir, e por isso sem ter uma “essência” posterior à existência.
Eros caminhou por si. Cresceu e foi digno de todas as coisas. Manteve seu caráter, sua forma de ser e o desejo de conquistas pessoais. Enfrentou o espelho, repeliu gestos, buscou sua liberdade contida. Desencaminhou o espírito com um único jeito de gostar. Foi fiel aos seus encantos e distante de uma
sociedade de elite, que mantém um “roteiro” e esquece de produzir sua ideologia. “Aquele garoto... que ia mudar o mundo, frequenta agora as festas do ‘Grand Monde’...”, e segue buscando a “liberdade. Essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda”.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

"Caminhos..."

Foto: Divulgação


Descontrole... quem disse que gostar faz parte da razão? Na verdade, este teria que ser um texto curto para olhar de quem deve ver. Mas quem disse que contar é tão simples assim? O som voa, o coração palpita e o destino... esse se encarrega de orientar os deuses. Diferente de tantas, essas linhas tem dono. Fazem parte de um instante, um momento. Momento este, que julgo ser eterno, ou para sempre intenso. Longos anos que distanciam os primeiros choros. Momentos que se encontraram por seus, hoje, 16. Enquanto o tempo passava, um dos caminhos era traçado. Durante 4.015 dias de espera de um, o outro, até então inexistente, começava a corrida pelo nascimento. Este sim, foi o dia em que o destino brilhou. Errou e acertou durante outros 16 anos, até que, enfim, trabalhou sozinho para o primeiro “oi”. Voz suave ao telefone, que disse ao pé do ouvido: “E aí, tudo bem?”. Sem pensar o corpo respondeu com calafrios, o som foi esquecido, a perna tremeu sem motivo. O “NÃO” não entrou um segundo sequer. Sem certezas, o medo tomou conta do cenário preparado pelo coração. Assim Eros seguiu seu caminho e a poesia se fez sem palavras. Suas flechas atravessaram o peito sem dor e transformou o desejo, pelo que todos chamam de: AMOR.

terça-feira, 12 de maio de 2009

"Contadores de histórias"

Foto: Divulgação
Ele disse, que disseram, que o outro falou, que contaram e que chegou até mim... será que tudo continua verdade? Encantaram-se com as palavras, com os versos, com tudo o que foi contado. Disseram que foi bonito... o feio dito com estilo e o jeito único de desfazer o que realmente foi dito. Contaram o que aconteceu com desejo. Jogaram com o jeito de ser sem desandar um só instante. Foi diferente. Letras perdidas e sons que ficaram no caminho. Realidade dura que se desfez sem deixar marcas, mas levou consigo a graça, o tom cômico, o ar de gargalhada.
É através dos sentidos que nos "apercebemos" dos limites do nosso próprio corpo e tomamos contato com o mundo exterior. Se existíssemos no vazio total, em escuridão absoluta, sem escutarmos um único som, ou sentirmos um único cheiro, ou não experimentássemos qualquer variação térmica ou de pressão tátil, enfim, se não nos "apercebêssemos" através dos sentidos, a não ser da presença do nosso próprio corpo, não teríamos qualquer ponto de referência exterior relativamente ao qual pudéssemos nos situar e orientar. Havia a cultura de herança para o filho mais velho. Os diferentes povos da Antiguidade tiveram visões próprias da natureza e maneiras diversas de explicá-la, mas só os gregos fizeram ciência. Até a idade Média, a “histeria” era considerada possessão, “coisa do diabo” e era tratada pelo padre ou curandeiro. Com o avanço da medicina, coloca-se a questão se a “histeria” seria ou não uma doença. Isto porque se observou que ela poderia apresentar os sintomas de várias doenças já conhecidas. Parecia, assim, que a “histeria” estaria acima de muitas coisas. Imaginemos como seria nosso hoje se nada disso tivesse acontecido, se o homem não tivesse desenvolvido a fala, a linguagem... "E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos Céus: e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus." (Mt. 16, 18).

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Inspiração dos poetas

Foto: Divulgação





Atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido. Fala-se do amor das mais diversas formas: amor físico, amor platônico, amor materno, amor a Deus, amor a vida. A temática do amor é comum a quase todos os filósofos gregos, entendido como um princípio que governa a união dos elementos naturais e como princípio de relação entre os seres humanos.
Estudos têm demonstrado que o escaneamento dos cérebros dos indivíduos apaixonados exibe uma semelhança com as pessoas portadoras de uma doença mental. O amor cria uma atividade na mesma área do cérebro que a fome, a sede, e drogas pesadas, criando atividade
única. Um sentimento característico dos seres humanos, uma figura mitológica da Antiga Roma, uma freguesia no concelho de Leiria, em Portugal. O município é limitado a norte/nordeste pelo concelho de Pombal, a leste pelo de Ourém, a sul pelos municípios de Batalha e Porto de Mós, a sudoeste pelo de Alcobaça e a oeste pelo concelho da Marinha Grande. O local tem uma faixa costeira a ocidente com o Oceano Atlântico. Cidade banhada pelos rios Lis e Lena, sendo o castelo de Leiria o seu monumento mais notável.
Cupido dos romanos e Eros dos gregos. Deus brincalhão, astuto, cruel e impiedoso, tiranizava os deuses e os homens, e se divertia com suas vítimas. Filho de Marte e de Vênus, e esposo de Psiquê, espalhava sobre a Terra a vida, a alegria, e a fecundidade; imperava no coração humano e em toda a natureza; “é a misteriosa força de afinidade universal, que atrai os elementos e seres, unindo-os, em íntima harmonia, para a maravilhosa obra da geração da vida”. Por sua mágica influência, tudo surge do Caos e da Terra. Os artistas representam-no dotado de asas e armado de flechas e setas fatais, que atravessam os corações, ou de facho que os devora. Tem sido e será sempre manancial fecundo das mais ardentes inspirações dos poetas.
PASSAGEM
PRÓXIMO AOS DEUSES SAFO DO QUE É FELIZ
CONSUMO DE UMA VIDA GREGA
SUA FACE MARCADA POR SOM
LIVRE DE SI E DO DESEJO CONTÍNUO
ENLOUQUECE A ARTE DE MITILENE

NO VEM E VAI DOS LEMBRADOS TEMPOS DOURADOS
GIGANTE EM CONTRASTE COM O INCOSCIENTE CELADO
NEGAÇÃO PERMITIVA
QUE CONCRETIZA A SAUDADE

DISSE QUE O CHÃO PARTIU QUANDO O NÃO ENTROU
SORRISO RECOLHIDO
COM AR PEDINTE DE RETORNO IMEDIATO
MAS DISTANTE....

TRANSCRIÇÃO MÚTUA DO VENTO
ATRÁS DA DESCRIÇÃO PRECISA
BASTA UM TEMPO QUE TE VEJA
SOA-ME AOS OUVIDOS E ENCENDEIA AS ENTRANHAS

DESTA VEZ SEM EXÍLIO
BUSCAMOS A APROXIMAÇÃO REMOTA
ENCONTRO MARCADO POR NOSTALGIA
QUE SE REPETE

VERTEBRA VELADA E VAZIA
COMPANHIA IMAGINÁRIA E CONSTANTE
BRISA BANDIDA DA RETOMADA SEM CONTROLE
NO REAL DO PRAZER EM PODAÇÕES

ABRIGA NA MENTE A IMEDIATIZAÇÃO
INDUZIU....
ENTRE OS BRAÇOS O GOSTO TOCOU
SEM GOZO, MAS EUFEMISMO

sábado, 9 de maio de 2009

"Dança dos Ratos"

Foto: Divulgação Angústia, repulsa e medo. Um conflito de sentimentos refletidos em olhares voltados para "animais que pensam". "Ratos" que vivem buscando caminhos na "sujeira", caracterizada por cadeiras que representam o poder. Um estado claramente marcado pela metáfora que simula a política nacional. Representantes eleitos pelo povo, que ao contrário de promover os direitos de todo cidadão, buscam caminhos para driblar o próprio sistema. Adiante, encontram nas "linhas da Lei", falhas que permitem a instauração de uma "organização", da qual, se antes não faziam parte, acabam se corrompendo instantes após uma cerimônia, quando então, são diplomados. Não é “ausência” de instrução de uma nação que traz como conseqüência o desejo do “se dar bem”, mas esta certamente é mantida pela falta de interesse de transformação, de um cenário estruturado em um oceano de "grandes peixes".
Exemplo claro do que está sendo dito, são os conflitos representados por ações, que chegaram a por, até mesmo, o "grande poder" do Tribunal Superior Eleitoral em questão. Fatos descritos por eleições, como a interminável escolha do chefe do Executivo de Campos dos Goytacazes, iniciada em 2004 e que culminou em um “fim” questionável cinco anos depois. A história, que parece não ter fim, passando por nomeações e renúncias, cassações e perseguições mútuas, se encontra em fase de hibernação, bastando um único ruído para estourar mais um capítulo da "novela" de algo popularmente conhecido como: quem não tem “Telhado de Vidro”, que atire a primeira pedra.
Meio ao enredo que embala os “Ratos do poder”, a esperança de transformação continua movendo o coração da massa, dominada pelo desejo de, um dia, aplaudir o espetáculo de uma política sem fantoches. Para o Estado maior crescer, é necessário, em primeiro lugar, acender a chama da crença da possibilidade de um futuro melhor.